quinta-feira, 24 de julho de 2008

Arquivo-X


"Foi difícil voltar", diz atriz de "Arquivo X"


LOS ANGELES (Reuters) - A atriz Gillian Anderson, conhecida principalmente pelo papel da agente do FBI Dana Scully durante os nove anos do seriado "Arquivo X", vai reprisar no cinema o papel premiado com o Emmy em "Arquivo X - Eu Quero Acreditar", que tem estréia mundial na sexta-feira.
O novo despertar da franquia "Arquivo X" representa uma virada para Anderson, 39 anos, que disse ter passado os seis anos desde que a série terminou "tentando fazer tudo menos Scully".
Para isso, ela se mudou de Hollywood para Londres, onde apareceu em duas produções teatrais e se prepara para uma terceira.
Ela também foi premiada por sua atuação numa adaptação para a TV, feita em 2005, do romance "Bleak House", de Charles Dickens, e em 2006 atuou no filme premiado com o Oscar "O Último Rei da Escócia", com Forest Whitaker.


Em entrevista recente à Reuters, Gillian Anderson falou de como é voltar ao papel da agente Scully, de seu receio de fracassar no palco e de como é fazer parte de um seriado que virou fenômeno cultural.


PERGUNTA: Como foi voltar a ser Dana Scully?


RESPOSTA: Achei que seria facílimo, mas foi mais difícil do que eu esperava. Muito tempo já tinha se passado, e os personagens tinham amadurecido, sem falar que eu tinha passado tanto tempo longe, tentando fazer tudo menos Scully.


P: Por que "tentando fazer tudo menos Scully?"


R: Nove anos é muito tempo quando faz uma coisa todo santo dia, e eu não me tornei atriz para representar Scully. Minha meta era fazer a maior gama possível de trabalhos.


P: Mas será que você vai conseguir realmente deixar Scully para trás?


R: Não sei, veremos. Nos últimos anos eu fiz várias coisas diferentes. Mas o papel de Scully sempre será o primeiro na lista de coisas mencionadas pelas pessoas, e essa é a verdade.


P: Como Scully evoluiu desde que o seriado terminou?


R: Ela sempre foi bastante séria. Mas agora ela parece estar mais madura, mais pé no chão, e ao mesmo tempo mais doce.


P: Depois de virar estrela tão famosa na TV norte-americana, o que a levou a se mudar para Londres?


R: Londres foi minha cidade até os 11 anos de idade. Escolhi fazer uma peça ali e voltei a me apaixonar pela cidade. Comecei a criar uma vida lá com a qual me sinto confortável.


P: Você tem preferência pelo cinema ou o teatro?


R: Não. O teatro é uma coisa que amo muito, mas também temo. É totalmente diferente estar diante de pessoas numa platéia ao vivo, comparecer todas as noites e recriar uma coisa que pode dar errado a qualquer momento. Há um medo que vive dentro de mim, em algum lugar. Será que estarei péssima? E não seria péssima apenas uma vez, mas péssima todas as noites.


P: Você tem planos de dirigir?


R: Dirigi um episódio da série, anos atrás, e gostei muito, me senti muito à vontade. É apenas questão de timing e logística. Meu primeiro longa se chama "The Speed of Light" e é baseado num romance de Elizabeth Rosner. Está em produção.


P: Qual é a sensação de fazer parte de um seriado que ainda é um fenômeno cultural tão grande?


R:
Não sou alguém que assiste à televisão, então não estou muito familiarizada com isso. A idéia de que alguém possa procurar o seriado online ou se invista tanto nos personagens me deixa estarrecida. Aprecio que o seriado seja importante para outras pessoas, e isso é ótimo, por mim. É mais uma coisa que eu posso observar, apenas.


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