quinta-feira, 19 de março de 2009

CINE INDIE CIRCUITO

CINE INDIE CIRCUITO
SESC Campinas

O Cine Indie Circuito (CIC) surge com o intuito de dar continuidade ao trabalho de formação de público e difusão do cinema independente em espaços de exibição descentralizados, iniciado há 8 anos com o Indie- Mostra de Cinema Mundial. A mostra, que nasceu em Belo Horizonte, e que já levou mais de 150.000 espectadores gratuitamente aos cinemas do circuito cultural, tem sua versão paulistana desde 2007, quando aconteceu pela primeira vez no CineSesc, em São Paulo. Este circuito apresenta 10 filmes independentes, de 6 países, que comprovam que o cinema independente mundial merece ser descoberto por todos.

De 24 a 28 de março.
Terça a sexta, às 18h e às 20h.
Sábado, às 13h e às 15h.

No Teatro SESC Campinas.
Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência na Central de Atendimentos.
Grátis.

Dia 24.
Terça.
18h
American Hardcore (idem, Paul Rachman, EUA, 2006, 100’)A história de um punk rock americano entre 1980 e 1986. Praticamente ignorada, a cena punk rock hardcore do início dos anos 80 doi precursora da música e da cultura que se seguiram. Haveria Nirvana, Beastie Boys ou Red Hot Chili Peppers se não existisse os pioneiros como Black Flag, Bad Braisn e Minor Threat? Hardcore era mais do que música, era um movimento social criado por jovens marginalizados da era Reagan. Constituíram uma tribo, enquanto alguns procuravam um mundo melhor, outros estavam irritados e querendo mandar tudo para o inferno.

20h
A Balada de A J Weberman (The Ballad Of A J Weberman, James Bluemel e Oliver Ralfe, EUA/Inglaterra, 2006, 83’)O retrato da obsessão de um homem. Neste documentário acompanhamos a vida e os crimes do famoso perseguidor de Bob Dylan e inventor da Garbology (a arte feita do lixo recolhido da lixeira de personalidades), A J Weberman. De forma irreverente, bem humorada, explora as obsessões de Weberman, sua vida junto aos rebeldes de Nova Iorque, vivendo à margem do sonho americano. Traz também uma série hilária de conversas telefônicas entre A J Weberman e Bob Dylan.

Dia 25.
Quarta.
18h
Carro a Sangue (Blood Car, Alex Orr, EUA, 2006, 75’)Num futuro próximo, o preço da gasolina será muito alto. Por isso, um professor ambientalista e vegetariano está determinado a encontrar uma fonte alternativa de combustível. Acidentalmente ele tropeça numa solução: sangue humano! Archie se torna um dos poucos a dirigir um carro, atraindo a atenção da obcecada por sexo Denise. Mas como carros movidos a sangue não andam sozinhos, eles rpecisam de mais sangue, sangue de seres humanos!

20h
Casa de Pássaros (The Bird House / Niao Wu, Khoo Eng Yow, Malásia, 2006, 97’)Dois irmãos divergem sobre o que fazer com a antiga casa da família, em autêntico estilo Malaca, uma pequena e histórica cidade na Malásia. Hua quer investir no mercado de ninho de pássaros (uma sobremesa popular entre a comunidade chinesa), mas teria que convertê-la numa grande casa de pássaros sem alertar as autoridades. Já Jeat quer restaurar a casa e transformá-la numa loja de antiguidades. O pai idoso, assim como a casa, diz pouco, mas sente tudo.

Dia 26.
Quinta.
18h
Tijuana Me Faz Feliz (Tijuana Makes Me Happy, Dylan Verrechia e James Lefkowitz, EUA/México, 2007, 79’)Tudo que Índio queria de presente por seus 15 anos era um galo de briga vencedor chamado Gyro. Como seu pai não podia lhe dar o galo, lhe apresenta Brianda, uma jovem prostituta. A surpresa de aniversário não sai com o previsto, mas Índio está determinado a comprar o galo e tenta fazer dinheiro vendendo empanadas, lavando carros e, finalmente, transportando drogas na fronteira México e Estados Unidos. Mas o sonho de Índio muda quando reencontra Brianda.

20h
O Ladrão de Memórias (The Memory Thief, Gil Kofman, EUA, 2007, 94’)Lukas é um jovem meio perdido, que vive em Los Angeles, e tenta enterrar seus problemas na monótona rotina de atendente numa cabine de pedágio. Um encontro ocasional com um sobrevivente de Holocausto, repentinamente, lhe traz um mundo e uma identidade que ele abraça com intensidade assustadora: a dos judeus vítimas da Segunda Guerra Mundial. Lukas, um não-judeu, começa então a representar sua recém encontrada obsessão.

Dia 27.
Sexta.
18h
Huldufolk 102 (idem, Nisha Inalsingh, Islândia, 2006, 75’)Por baixo da calma aparência da Islândia, existe uma nação invisível: os huldufolk, ou melhor, o povo escondido. Investigando as histórias do povo escondido, sejam fadas, duendes e todas as coisas com até 90 cm de altura, é impossível não considerar o impacto da posição geográfica e do isolamento do misterioso país. Este original documentário entrevista historiadores, escritores, políticos, fazendeiros e operários que falam sobre o efeito dos “invisíveis” na cultura islandesa.

20h
O Livro dos Recordes de Shutka (Knija Rekorda Sutke, Aleksandar Manic, República Tcheca/ Sérvia/ Montenegro/ Macedônia, 2005, 78’)Nos Bálcãs, há um lugar raro, escondido do mundo: Shutka, uma suposta capital mundial dos Roma (os ciganos dessa região européia). O documentário captura a história inacreditável dessa cidade e seus habitantes, que promovem lutas de ganso, caça ao vampiro, extermínio de gênios do mal, festa da circuncisão e até algumas competições, como a de maior coleção de fitas k-7.

Dia 28.
Sábado.
13h
Monstros de Quatro Olhos (Four-Eyed Monsters, Susan Buice e Arin Crumley, EUA, 2005, 85’)Arin e Susan são artistas e vivem em Nova Iorque. Ele trabalha fazendo vídeos de casamentos, documentando o amor dos outros. Ela é garçonete e gasta suas noites servindo mulheres de dieta. Os dois vivem sozinhos e um dia se encontram na internet. Querendo evitar o mundo dos encontros, decidem se comunicar apenas através de meios artísticos, via notepads, e-mails e câmeras de vídeo. Com o tempo, começa a dúvida sobre se a relação deles é apenas um experimento artístico.

15h
Quarto 314 (Room 314, Michael Knowles, EUA, 2006, 100’)O mesmo quarto de hotel, cinco histórias sobre casais em estágios diferentes de relacionamentos. Desejos intensos de ligação, as tensões subjacentes e as tentativas de se dizer ao outro o que se quer e, ocasionalmente, conseguir. Um olhar próximo e íntimo voltado para essas pessoas, por vezes até desconfortável, mas que mostra uma verdade universal: desejar ter uma relação com o outro e saber como alcançá-la são duas coisas inteiramente diferentes.

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